sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pedras Parideiras



As pedras parideiras

Junto à aldeia da Castanheira (freguesia de Albergaria da Serra- 146 habitantes), no limite sul do concelho, ocorre aquele que é, o mais conhecido fenómeno geológico da Arouca, as pedras parideiras. Trata-se de um pequeno (1000 x 600 m) afloramento de granito com abundantes nódulos discóides e biconvexos de biotite, que se libertam da rocha-mãe por termoclastia, acumulando-se no solo. Os nódulos, de 1 a 12 cm de diâmetro, tem a mesma composição mineralógica do granito, pois embora constituídos exteriormente apenas por biotite, possuem um núcleo de quartzo e feldspato potássico.
Este tipo de granito é único em Portugal e raro no mundo. O granito da Castanheira é considerado uma "anomalia" do granito da Serra da Freita. Em 1993, três geólogos do Reino Unido publicaram um estudo sobre a génese deste granito. Concluíram que a sua formação terá ocorrido devido à separação, na fase final da cristalização magmática do granito da Serra da Freita, de um fluido cloretado rico em voláteis. No processo* ter-se-à gerado um gradiente químico na interface magma / bolha de voláteis, que favoreceu a complexação e a mobilização de ferro do magma residual. A bolha, menos densa que o magma, terá ascendido, ficando como que a flutuar no tecto desta porção da câmara magmática.


Lenda do rio Alva, Mondego e Zêzere

A RAIVA DO ALVA

Corre em Pombeiro da Beira uma velha história sobre uma disputa entre três rios portugueses nascidos na serra da Estrela: o Mondego, o Alva e o Zêzere. Nascidos da mesma mãe, viviam os três irmãos, serpenteando pelas vertentes, tranquilos e alegres, amigos e companheiros. Passavam os seus dias mirando-se cada um na limpidez das águas dos outros e jogando ás escondidas nas gargantas, furnas e sorvedouros da gigantesca mãe.Certa tarde, porém, pela noitinha, envolveram-se em azeda discussão, ao que parece motivada por arrogância de valentias. Trovejaram rivalidades e prometeram-se romper as prisões de infância, acabando por desafiar-se para uma corrida cuja meta seria o corpo enormíssimo do mar. o primeiro que lá esbarrasse seria o melhor de todos os três!Qual deles descobriria melhor o caminho ? Qual conseguiria desenvolver maior barulho e força? Qual dos três seria o primeiro a oferecer as suas doces águas ás salgadas águas do mar? Era o que iria ver-se!O Mondego, astuto, forte e madrugador, levantou-se cedo e começou a correr brandamente para não fazer barulho. E sem levantar suspeita foi escorrendo desde as vizinhanças da Guarda, pelos territórios de Celorico, Gouveia, Manteigas, Canas de Senhorim. Na Raiva, onde os primos vieram cumprimentá-lo, robusteceu-se com eles e dali partiu na direcção de Coimbra, depois de ter atravessado ofegante as duas Beiras.O Zézere, porém, estava alerta, e, ao mesmo tempo que o Mondego o fez, começou a mover-se oculto no seu leito de penhascos, enquanto pôde. Foi direito a Manteigas, onde perdeu de vista o irmão. Passou também perto da Guarda, desceu correndo até ao Fundão e, de repente, desnorteou, obliquando para Pedrógão Grande. Quando deu por si, no meio daquela louca correria, tinha atravessado três regiões e estava ainda em Constância. Aí, cansado e desesperado, vendo-se perdido e sem hipótese de alcançar o mar, abraçou o Tejo e ofereceu-lhe as suas águas.O Alva, poeta sonhador, entreteve a sua noite contemplando as estrelas. Adormeceu por fim, placidamente, confiado no seu génio, e quando acordou, estremunhado, era manhã alta. Olhou em volta e viu os irmãos correndo por lonjuras a perder de vista. Que fazer agora? Que imprevidente fora! Mas... remediar-se-ia o desastre!! E o Alva atirou consigo de roldão pelos campos fora, rasgou furiosamente montanhas e rochedos, galgou despenhadeiros, bradou vinganças temerosas. E quando julgou estar a dois passos do triunfo... foi esbarrar com o Mondego, que há horas já lá ia, campos de Coimbra fora, em cata da Figueira, onde se lançaria no seio maternal do oceano, ganhando assim a tão discutida corrida. O Alva esbravejou e com a sua furiosa zanga atirou-se ao irmão a ver se o lançava fora do leito. Quando se sentiu impotente ante a serenidade majestosa do outro, espumou de raiva. E o Mondego, rindo, engoliu-o de um trago. Ao memorável local de encontro, a foz do Alva, passaram as gentes a chamar-lhe Raiva em memória deste caso "tremebundo".

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Peniche

Peniche




Peniche é uma cidade portuguesa no distrito de Leiria, região Centro e sub-região do Oeste, com cerca de 15 600 habitantes.
É sede de um município com o mesmo nome que tem 77,55 km² de área e 28 615 habitantes, subdividido em 6 freguesias:
Ajuda, Conceição e São Pedro (freguesias em que se divide a cidade) e Ferrel, Atouguia da Baleia e Serra d'El Rei, na zona mais rural.
O município é limitado a leste pelo município de Óbidos, a sul pela Lourinhã e limitado a Oeste e a Norte pelo Oceano Atlântico.
A povoação foi elevada a vila em 1609 e a cidade a 1 de Fevereiro de 1988.
A cidade de Peniche está implantada numa península com cerca de dez quilómetros de perímetro criada por um tômbolo. O extremo ocidental da península é o Cabo Carvoeiro. A costa, que tem aspectos surpreendentes e deslumbrantes, é formada por imponentes rochedos, extensas e belas praias de banhos. A oeste da península de Peniche, no meio do Atlântico, ergue-se o arquipélago da Berlenga.
Peniche é a cidade mais ocidental da Europa, o maior porto de pesca tradicional de Portugal e um grande centro atlântico de actividades turístico-marítimas. Junto ao forte o antigo porto mantém o pitoresco das zonas de faina piscatória. Bem perto ficam o Baleal, a costa rendilhada do Cabo Carvoeiro e as pequenas ilhas Berlengas, que pode demandar de barco a partir de Peniche. Se o Baleal é conhecido pelos célebres tubos tão do agrado dos surfistas, não se fique apenas pela praia, pois a pequena aldeia alcandorada sobre uma minúscula península é do mais encantador. A sua especificidade geo-morfológica, oscilando entre uma realidade insular / peninsular, parece ter moldado e condicionado de um ponto de vista socio-económico e cultural, as populações que ao longo dos tempos ocuparam este território, permitindo simultaneamente que o concelho de Peniche fosse palco de importantes acontecimentos históricos de índole nacional e internacional. O nome Peniche parece derivar da palavra latina peninsula (paene + insula) que à letra significa “quase ilha”.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia da Mulher


Dia Internacional da Mulher

PORQUÊ O DIA 8 DE MARÇO
Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.

COM A CELEBRAÇÃO DESTE DIA pretende-se chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher e levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que vêm sendo impostos à mulher.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Carnaval


Carnaval

O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no Carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Dia Mundial da Liberdade


Dia Mundial da Liberdade
23 de Janeiro

A Liberdade é o conjunto de direitos reconhecidos ao indivíduo, considerado isoladamente ou em grupo, em face da autoridade política e perante o Estado; poder que tem o cidadão de exercer a sua vontade dentro dos limites que lhe faculta a lei.

Vivemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir

Sérgio Godinho

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Dia Mundial da Religião


Dia Mundial da religião - 21 Janeiro

Diante da diversidade de dogmas e culturas, torna-se muito difícil conceituar um assunto como religião. A palavra originaria do latim Religare, significando o laço que liga o homem à divindade. Pode-se afirmar que o princípio das religiões se baseia na crença de uma força inteligente sobrenatural, considerada como criadora do Universo, e na continuidade da vida após a morte através da existência de outros planos que não o físico
É um conceito amplo, com o qual os pesquisadores trabalham. Sem dúvida, os crentes de cada religião teriam definições bem mais adequadas para suas crenças.Pode-se dizer também que a religião é um conjunto de regras e doutrinas, pelas quais o crente se guia e molda suas atitudes. Ou ainda, que é um sistema específico de pensamento ou crença a envolver princípios filosóficos, éticos e metafísicos. A religião acompanha e conforta a humanidade desde os primórdios. Acreditava-se que os animais, as plantas, os rios, o mar, o sol e a lua continham espíritos, sendo preciso estar em harmonia com eles.
O antropólogo E. B. Tylor chamou esta “religião inicial” de animismo. Segundo Tylor, as religiões foram evoluindo junto com a humanidade, tanto cultural quanto tecnologicamente. Quando o homem abandonou sua postura nômade e passou a fixar -se em determinadas áreas, surgiu o politeísmo (crença em vários deuses); e depois, com o surgimento da noção de grupos sociais, aparece o monoteísmo (crença em um único Deus).
As religiões surgiram para tentar responder a uma série de perguntas que sempre estiveram presentes ao longo de nossa história:
De onde vim?
Para onde vou depois que morrer?
Viverei mais de uma vez?
Como o mundo passou a existir?
Que forças governam nossa existência?

domingo, 17 de janeiro de 2010

Dia das amigas


17 de Janeiro
Dia das Amigas

Poemas de melhores amigas
A amizade consegue ser tão complexa...
Deixa uns desanimados, outros bem felizes...
É a alimentação dos fracos
É o reino dos fortes
Faz-nos cometer erros
Os fracos deixam se ir abaixo
Os fortes erguem sempre a cabeça
os assim assim assumem-os

Sem pensar conquistamos
O mundo geral e construimos
o nosso pequeno lugar
deixando brilhar cada estrelinha

Estrelinhas...
Doces, sensiveis, frias, ternurentas...
Mas sempre presentes em qualquer parte
Os donos da Amizade...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Mosteiro de Alcobaça - Pedro e Inês


Túmulo de D. Pedro

Túmulo de D. Inês


Os túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro encontram-se no Mosteiro de Alcobaça.
São duas verdadeiras obras-primas da escultura gótica em Portugal, cuja a construção se situa entre 1358 e 1367 e de autoria desconhecida.

Em 1340, D. Pedro I casa-se com a princesa castelhana D. Constança Manuel. Uma das aias que acompanhava D. Constança era Inês de Castro, por quem D. Pedro se apaixonou. Em 1348-1349, D. Constança morre e então D. Pedro assume mais abertamente o relacionamento com Inês de Castro em terras de Coimbra.
O rei D. Afonso IV (pai de D. Pedro), temia o poderio da família de Inês de Castro e da sua influência na sucessão do infante D. Fernando, filho primogénito e herdeiro de D. Pedro. No dia 7 de Janeiro de 1355, Inês de Castro, encontrando-se nos Paços de Santa Clara em Coimbra (embora a lenda diga que ela estava à beira da Fonte dos Amores, na Quinta das Lágrimas), foi assassinada por Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco, sendo sepultada em Coimbra.
D. Pedro sobe ao trono em 1357 e uma das suas primeiras medidas foi mandar construir um túmulo majestoso para Inês de Castro. Em 1360, acabado o túmulo, D. Pedro ordenou que o colocassem no transepto sul do Mosteiro de Alcobaça e em seguida que trasladassem para lá o corpo de D. Inês. D. Pedro I mandou construir um túmulo semelhante para si próprio, sendo colocado lado a lado (do lado esquerdo) do de D. Inês. O rei morre em 1367 indo repousar, nessa altura, ao lado da sua amada.

Descrição dos túmulos
Os túmulos são de estilo gótico e feitos em calcário da região de Coimbra.
A localização primitiva dos túmulos era lado a lado (estando o de D. Inês do lado direito de D. Pedro, o que deveria acontecer entre marido e mulher) no transepto sul da Igreja do Mosteiro de Alcobaça. Daqui passaram para a Sala dos Túmulos. No século XX voltaram a ser colocados no transepto da Igreja, onde se encontram actualmente: frente a frente, estando o túmulo de D. Inês no braço norte do transepto e o túmulo de D. Pedro I no braço sul, de tal modo a que quando ressuscitarem se levantem e vejam um ao outro.
Nos jacentes ambas as figuras estão coroadas, de expressão tranquila e rodeadas por seis anjos que lhes ajeitam as roupagens e lhes levantam a cabeça (como que a elevá-los para o Céu). As faces dos sarcófagos estão decorados com temática heráldica (representações de brasões das respectivas famílias), bíblica, vegetalista e geométrica. Em termos escultóricos, o túmulo de D. Pedro I é considerado uma melhor obra, chegando os altos-relevos a atingir 15 cm de profundidade, enquanto no túmulo de D. Inês atingem os 10 cm.

Quinta das lágrimas



Sabias que o local onde D. Inês foi morte, em Coimbra,
é hoje conhecido como a Quinta das Lágrimas?
É um lugar onde os namorados se encontram

A Quinta das Lágrimas é, hoje em dia, um hotel, situada na margem direita do rio Mondego.
No entanto, se a visitarmos, podemos ainda encontrar a Fonte das Lágrimas, onde outrora morreu Inês de Castro assassinada, enquanto passeava pelos belos jardins, que ainda lá se encontram, do antigo pavilhão de caça, onde D. Pedro e Inês viveram juntos e criaram os seus filhos.

655 anos após a morte de D. Inês de Castro


A morte de D. Inês de Castro (1355)

Para quem não sabe, faz hoje 655 anos que Inês de Castro foi morta.
Aconteceu em 1355, a 7 de Janeiro, com o consentimento del-Rei D. Afonso IV, nos paços de Santa Clara (Coimbra) Diogo Lopes Pacheco, Pedro Coelho e Álvaro Gonçalves degolam Inês de Castro e geram a revolta de D. Pedro contra o pai.

As filhas do Mondego a morte escura
Longo tempo chorando memoraram,
E, por memória eterna,em fonte pura
As lágrimas choradas transformaram.
O nome lhe puseram, que inda dura,
Dos amores de Inês, que ali passaram.
Vede que fresca fonte rega as flores,
Que lágrimas são a água e o nome Amores.

Os Lusiadas

D. Inês de Castro era uma fidalga galega, de rara formosura, que fez parte da comitiva da infanta D. Constança de Castela, quando esta, em 1340, se deslocou a Portugal para casar com o príncipe D. Pedro (1320-1367).A beleza singular de D. Inês despertou desde logo a atenção do príncipe, que veio a apaixonar-se profundamente por ela. Desta paixão nasceu entre D. Pedro e D. Inês uma ligação amorosa que provocou escândalo na Corte portuguesa, motivo por que o rei resolveu intervir, expulsando do reino Inês de Castro, que veio a instalar-se no castelo de Albuquerque, na fronteira de Espanha.D. Constança morre de parto em 1345 e a ligação amorosa entre D. Pedro e D. Inês estreita-se ainda mais: contra a determinação do rei, D. Pedro manda que D. Inês regresse a Portugal e instala-a na sua própria casa, onde passam a viver uma vida de marido e mulher, de que nascem quatro filhos.Os conselheiros do rei aperceberam-se das atenções com que o herdeiro do trono português recebia os irmãos de D. Inês e outros fidalgos galegos, chamaram a atenção de D. Afonso IV para aquele estado de coisas e para os perigos que poderiam advir dessa circunstância, uma vez que seria natural antever a possibilidade de vir a criar-se uma influência dominante de Castela sobre a política portuguesa.E persuadiram o rei de que esse perigo poderia afastar-se definitivamente, se se cortasse pela raiz a causa real desse perigo: a influência que D. Inês exercia sobre o príncipe D. Pedro, que um dia viria a ser rei de Portugal. Para isso seria necessário e suficiente eliminar D. Inês de Castro.O problema foi discutido na presença dos conselheiros do rei em Montemor-o-Velho, e aí ficou resolvido que Inês seria executada sem demora.Quando D. Inês soube desta resolução, foi ter com o rei, rodeada dos filhos, para implorar misericórdia, uma vez que ela se considerava isenta de qualquer culpa. As súplicas de Inês só momentaneamente apiedaram D. Afonso IV, que entretanto se deslocara a Coimbra para que se desse cumprimento à deliberação tomada. E a execução de D. Inês efectuou-se em 7 de Janeiro de 1355, segundo o ritual e as práticas daquele tempo.

Anos depois, em 1360, D. Pedro I, já então rei de Portugal, jurou, perante a sua corte, que havia casado clandestinamente com D. Inês um ano antes da sua morte.
Depois da execução de D. Inês de Castro, D. Pedro revoltou-se contra o pai e declarou-lhe guerra. Felizmente, a paz voltou graças à rainha-mãe, que evitou o encontro militar entre pai e filho.
Quando D. Pedro subiu ao trono, era muito cuidadoso com o povo, que gostava muito dele. Mas uma das primeiras coisas que fez foi vingar a morte de D. Inês de Castro executando de modo cruel os ex-conselheiros do pai: mandou arrancar-lhes o coração! Dizia que era assim que se sentia desde que D. Inês tinha morrido.
Mandou depois construir o Mosteiro de Alcobaça, onde fez um belo túmulo para D. Inês de Castro. Mesmo em frente mandou construir o seu, onde foi enterrado em 1367. Diz-se que estão nesta posição para que, quando acordarem no dia do Juízo Final, olhem imediatamente um para o outro.
A trágica história de D. Pedro e D. Inês inspirou poetas, escritores e compositores em Portugal e no estrangeiro. Camões foi um dos primeiros escritores a celebrar a lenda, em “Os Lusíadas”.


(...)
Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a Fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus formosos olhos nunca enxutos,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.
(...)
Assim como a bonina, que cortada
Antes do tempo foi, cândida e bela,
Sendo das mãos lascivas maltratada
Da menina que a trouxe na capela,
O cheiro traz perdido e a cor murchada:
Tal está, morta, a pálida donzela,
Secas do rosto as rosas e perdida
A branca e viva cor, com a doce vida.
(...)
Luís Vaz de Camões em Os Lusíadas

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Bolo Rei e Dia de Reis


A data oficial para o fim das festividades natalinas é 6 de janeiro, Dia de Reis. Foi nesse dia que, segundo a tradição religiosa, os três reis magos chegaram, guiados por uma estrela, a Belém, onde estava Jesus. E o que isso tem a ver com comida?

Acredite: uma lenda diz que existe uma receita de bolo nessa história!


Quando o Reis Magos foram visitar o Menino Jesus, perto da gruta onde estava o menino, os Reis Magos tiveram uma discussão para saber qual deles seria o primeiro a oferecer os presentes.
Um artesão que por ali passava assistiu à conversa e propôs uma solução para o problema, de maneira a ficarem todos satisfeitos. O artesão resolveu fazer um bolo e meter uma fava na massa. Depois de cozido repartiu o bolo em três partes e aquele a quem saísse a fava seria o primeiro a oferecer os presentes ao Menino.
Assim ficou conhecido pelo nome de Bolo Rei e como tinha sido feito para escolher um rei passou a usar-se como doce de Natal.
Dizem que a côdea do bolo simboliza o ouro, as frutas simbolizam a mirra e o aroma, o incenso.

Reis Magos

Reis Magos - 6 Janeiro
No dia 6 de Janeiro começa-se a Cantar as Janeiras assinalando a comemoração do dia de Reis,chegada dos reis magos à cabana onde estava o menino Jesus.
Os Três Reis Magos, ou simplesmente Reis Magos ou Magos, na tradição cristã, são personagens que teriam visitado Jesus logo após o seu nascimento, trazendo-lhe presentes.
O Dia de Reis perdeu muito do significado religioso. Mas em algumas localidades da Europa, a data é mais solene até mesmo que o Natal
Diz a tradição que foi nesse dia que os Reis Magos viram a Estrela de Belém no céu e foram ao encontro de Jesus que havia nascido há pouco. Segundo a Bíblia, tendo Jesus nascido em Belém, no tempo do Rei Herodes, os Magos do Oriente chegaram a Jerusalém perguntando: "Onde está o Rei dos Judeus, recém-nascido? Vimos sua estrela e viemos adorá-lo"."Porém, um Deus ser de todo mundo não era admissível para o povo de Israel", conta Develar. Os judeus almejavam um Deus nacional, que fosse apenas deles, e não alguém como Jesus, que vinha para unir todos os povos e crenças, afirma o teólogo.A designação "Mago" era dada, entre os orientais, à classe dos sábios ou eruditos. Ignora-se a proveniência dos Reis Magos, mas supõe-se que fossem da Arábia, tendo em conta os presentes ofertados ao Menino Jesus: ouro, incenso e mirra, isto é, prendas que simbolizavam a realeza, a divindade e a imortalidade do novo Rei."A Bíblia não diz Reis, ela coloca como os `Magos vindos do Oriente´, e também não diz três, mas como Jesus recebeu três presentes, criou-se a tradição de falar que são três pessoas, cada uma dando um presente", desmistifica o professor.Segundo a tradição, um era negro (africano), o outro branco (europeu) e o terceiro moreno (assírio ou persa) e representavam toda a humanidade conhecida daquela época. Quanto aos nomes dos três, o professor explica que tudo são suposições sem base histórica ou bíblica. Foi Beda, um cronista inglês que viveu entre 673 e 735 d.C., quem deu nome aos magos: Gaspar, Melchior (ou Belchior) e Baltazar.

Os Reis Magos são personagens que vieram do Oriente, guiados por uma estrela, para adorar o Deus Menino, em Belém (Mateus 2, 1-12).Ignora-se a providência dos Reis Magos, este episódio foi apenas relatado no Evangelho de S. Mateus e, mesmo assim, de forma muito resumida e vaga. Só com o passar do tempo, se foram acrescentando detalhes, para se sanarem as lacunas deixadas no Evangelho em relação a esta história.A designação “Mago” era dada, entre os Orientais, à classe dos sábios ou eruditos, contudo esta palavra também era usada para designar os astrólogo. Isto fez com que, inicialmente, se pensasse que estes magos eram sábios astrólogos, membros da classe sacerdotal de alguns povos orientais, como os caldeus, os persas e os medos.Posteriormente, a Igreja atribuiu-lhes o apelido de “Reis”, em virtude da aplicação liberal que se lhes fez do Salmo 71,10.Belchior (ou Melchior) seria o representante da raça branca (europeia) e descenderia de Jafé; Gaspar representaria a raça amarela (asiática) e seria descendente de Sem; por fim, Baltasar representaria todos os de raça negra (africana) e descenderia de Cam. Estavam assim representadas todas as raças bíblicas (e as únicas conhecidas na altura: os semitas, os jafetitas e camitas. Pode então dizer-se que a adoração dos Reis Magos ao Menino Jesus simboliza a homenagem de todos os homens na Terra ao Rei dos reis, mesmo os representantes do tronos, senhores da Terra, curvam-se perante Cristo, reconhecendo assim a sua divina realeza.O dia de Reis celebrava-se a 6 de Janeiro, partindo-se do princípio que foi neste dia que os Reis Magos chegaram finalmente junto ao Menino Jesus. Em alguns países é no dia 6 de Janeiro que se entregam os presentes.
Ao chegarem ao seu destino, os Reis Magos deram comopresentes ao Menino Jesus:
Ouro (oferecido por Belchior): este representa a Sua nobreza;
Incenso (oferecido por Gaspar): representa a divindade de Jesus;
Mirra (oferecido por Baltasar): a mirra é uma erva amarga e simbolizava o sofrimento que Cristo enfrentaria na Terra, enquanto salvador da Humanidade, também simbolizava Jesus enquanto homem.
Assim, os Reis Magos homenagearam Jesus como rei (ouro), como deus (incenso) e como homem (mirra).
Devemos aos Magos a tradição de trocar presentes no Natal. Em diversos países a principal troca de presentes é feita não no Natal, mas no dia 6 de janeiro, e os pais muitas vezes fantasiam-se de reis magos.
Neste dia é desfeita a tradicional árvore de Natal.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Dia Mundial da Paz


Dia Mundial da Paz
1 janeiro
São diversas as datas indicadas para a comemoração de um dia mundial e/ou internacional para a paz. O dia de hoje- 1º de Janeiro- foi sugerido em 1968, pela SS Papa Paulo VI que, na sua mensagem de ano novo a que imprimira um cariz ecunémico, apelou: "Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1 de Janeiro de 1968. Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processar-se da história no futuro."