terça-feira, 30 de junho de 2009

bandeira de portugal


Bandeira da Portugal

A Bandeira de Portugal é um dos símbolos nacionais de Portugal.
De acordo com o Decreto nº 150, de
30 de Junho de 1911, a Bandeira de Portugal é bipartida verticalmente em duas cores fundamentais, verde escuro e escarlate, ficando o verde para o lado da tralha (lado esquerdo, quando representada graficamente). Ao centro, e sobreposto à união das duas cores, terá o escudo das Armas de Portugal, orlado de branco e assentando sobre a esfera armilar manuelina, em amarelo e avivada de negro. O comprimento da Bandeira de Portugal é uma vez e meia a altura da tralha (proporções: 2:3). A divisória entre as duas cores fundamentais é feita de modo a que fiquem 2/5 do comprimento total ocupados pelo verde e os 3/5 restantes pelo vermelho. O emblema central ocupa metade da altura da tralha, ficando equidistante das orlas superior e inferior.
O modelo da actual Bandeira de Portugal foi aprovado por decreto da Assembleia Nacional Constituinte de 19 de Junho de 1911, sendo as suas dimensões e descrição mais pormenorizada definidas pelo decreto de 30 de Junho de 1911. No entanto, já desde a proclamação da República Portuguesa, a 5 de Outubro de 1910 que eram usadas bandeiras provisórias semelhantes ao modelo que viria a ser aprovado oficialmente.

Significado dos símbolos e cores:
-> As 5 quinas simbolizam os 5 reis mouros que D. Afonso Henriques venceu na batalha de Ourique.
-> Os pontos dentro das quinas representam as 5 chagas de Cristo. Diz-se que na batalha de Ourique, Jesus Cristo crucificado apareceu a D. Afonso Henriques, e disse: "Com este sinal, vencerás!". Contando as chagas e duplicando as chagas da quina do meio perfaz-se a soma de 30, representando os 30 dinheiros que Judas recebeu por ter traído Cristo.
-> Os 7 castelos simbolizam as localidades fortificadas que D. Afonso Henriques conquistou aos Mouros.
-> A esfera armilar simboliza o mundo que os navegadores portugueses descobriram nos séculos XV e XVI e os povos com quem trocaram ideias e comércio.
-> O verde simboliza a esperança.
-> O vermelho simboliza a coragem e o sangue dos Portugueses mortos em combate.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Alhadas - 20 anos vila













Alhadas - 20 anos Vila

As Alhadas são uma freguesia portuguesa do concelho da Figueira da Foz, com 29,09 km² de área e 4 069 habitantes (2001). Densidade: 139,9 hab/km².
Na sua história regista-se o facto de Alhadas ter sido um esconderijo para muitos daqueles que procuravam a liberdade aquando da ditadura salazarista. Álvaro Cunhal, por exemplo, esteve hospedado nessa época, na casa de um ex-companheiro de tropa, na serra das Alhadas.
A
30 de Junho de 1989, a freguesia voltou a ter o título de vila. O termo topónimo, "Alhadas", tem várias versões, poderá ser um termo medievo "Alhadias", designativo de uma lendária aliança estabelecida entre a referida povoação com Maiorca e Quiaios, para uma mais sólida defesa perante as investidas mouriscas, no período da reconquista cristã. No entanto o nome de Alhadas poderá derivar do vocábulo árabe "Alheda", do verbo "hadda" que quer dizer militar, terminal ou limite.
Alhadas é também uma terra de padeiras onde para alem do pão propriamente dito existem as broas, as tortas, os bolos das Alhadas e as rosquilhas.
O povoamento das Alhadas perde-se no tempo e a prová-lo estão as estações neolíticas.
O Dólmen das Carniçosas está localizado na freguesia das Alhadas e é composto por uma galeria que mede cerca de 4,50 metros de comprimento, formada por dois renques de lajes de mediana altura erguidas paralelamente e de uma sala ou Câmara poligonal, de cerca de 3 metros de diâmetro, limitada a Norte por cinco lajes que se apoiam umas contra as outras, cujas dimensões são em média de 2,10 metros de altura, 1,30 metros de largura e 0,30 metros de espessura.
O dólmen é o mais bem conservado monumento do período Neolítico, de um conjunto de cerca de 20, que se distribuem pela Serra da Boa Viagem e Serra da Brenha.

s. pedro


São Pedro - 29 de junho

O guardião das portas do céu é também considerado o protetor das viúvas e dos pescadores.
São Pedro foi um dos doze apóstolos e o dia 29 de junho foi dedicado a ele. Como o dia 29 também marca o encerramento das comemorações juninas, é nesse dia que há o roubo do mastro de São João, que só será devolvido no final de semana mais próximo.
Mas como as comemorações juninas perduram alguns dias, as pessoas dizem que no dia de São Pedro já estão muito cansadas e não têm resistência para grandes folias, sendo os fogos e o pau-de-sebo as principais atrações da festa.
A fogueira de São Pedro tem forma triangular.
Como São Pedro é cultuado como protetor das viúvas, são elas que organizam a festa desse dia, juntamente com os pescadores, que também fazem a sua homenagem a São Pedro realizando procissões marítimas.

No dia 29 de junho todo homem que tiver Pedro ligado ao seu nome dece acender fogueiras nas portas de suas casas e, se alguém amarrar uma fita em uma pessoa de nome Pedro, este se vê na obrigação de dar um presente ou pagar uma bebida à pessoa que o amarrou.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

antes e depois dos famosos
















Michael Jackson

Michael Jackson
Michael Joseph Jackson (Gary, 29 de agosto de 1958Los Angeles, 25 de Junho de 2009) foi um cantor, compositor, ator, publicitário, escritor, produtor, diretor, dançarino, instrumentista e empresário estadunidense.

Começou a cantar e a dançar aos cinco anos de idade, iniciando-se na carreira profissional aos onze anos como vocalista dos Jackson 5; começou logo depois uma carreira solo em 1971, permanecendo como membro do grupo. Apelidado nos anos seguintes de "King of Pop" ("Rei da música Popular"), cinco de seus álbuns de estúdio se tornaram os mais vendidos mundialmente de todos os tempos: Off the Wall (1979), Thriller (1982), Bad (1987), Dangerous (1991) e HIStory: Past, Present and Future – Book I(1995). Lançou-se em carreira solo no início da década de 1970, ainda pela Motown, gravadora responsável pelo sucesso do grupo formado por ele e os irmãos. Em idade adulta, gravou o álbum mais vendido da história, Thriller;
No início dos
anos 1980, tornou-se uma figura dominante na música rock[2] e música popular e o primeiro cantor afro-americano a receber exibição constante na MTV. A popularidade de seus vídeos musicais transmitidos pela MTV, como "Beat It", "Billie Jean" e "Thriller" são creditados como a causa da transformação do vídeo musical em forma de promoção musical e também de ter tornado o então novo canal famoso. Vídeos como "Black or White" e "Scream" mantiveram a alta rotatividade dos vídeos de Jackson durante a década de 1990. Foi o criador de um estilo totalmente novo de dança, utilizando especialmente os pés. Com suas performances no palco e clipes, Jackson popularizou uma série de complexas técnicas de dança, como o robot e o moonwalk. Seu estilo diferente e único de cantar, bem como a sonoridade de suas músicas influenciaram uma série de artistas nos ramos do hip hop, dance e R&B.
Jackson doou milhões de dólares durante toda sua carreira à causas beneficentes através da
Dangerous World Tour, compactos voltados à caridade e manutenção de 39 centros de caridades. No entanto, outros aspectos da sua vida pessoal, como a mudança de sua aparência, principalmente a da cor de pele devido ao Vitiligo e geraram controvérsia significante a ponto de prejudicar sua imagem pública. Em 1993 foi acusado de abuso de crianças, mas a investigação foi arquivada devido a falta de provas e Jackson não foi a tribunal. Depois, casou-se e foi pai de três filhos, todos os quais geraram controvérsia do público. O cantor teve experiências com crises de saúde desde o início dos anos 90 e sofreu também comentários sobre sua situação financeira. Em 2005, Jackson foi julgado e absolvido das alegações de abuso infantil.
Um dos poucos artistas a entrarem duas vezes ao
Rock And Roll Hall of Fame, seus outros prêmios incluem uma série de recordes certificados pelo Guinness World Records - um deles para Thriller como o álbum mundialmente mais vendido de todos os tempos - dezenove Grammys em carreira solo e seis Grammys com The Jacksons e 41 canções a chegar ao topo das paradas como cantor solo - e vendas que superam as 750 milhões de unidades mundialmente, sendo que alguns empresários da Sony já registram a incrível marca de mais de 1 bilhão. Sua vida, constantemente nos jornais, somada a sua carreira de muito sucesso como rock superstar fez dele parte da história da música rock e cultura popular por mais de quatro décadas. Nos últimos anos, foi citado como o homem mais conhecido mundialmente.

O Centenário da Aviação em Portugal

Gouveia
100 anos da aviação em Portugal



Segundo os registos, foi em 27 de Outubro de 1909, ano importante para a aviação em que Blériot efectuou a 1ª travessia da Mancha, que se verificou a 1ª tentativa de voo em Portugal, no antigo hipódromo de Belém, pelo piloto francês Armand Ziptel num Voisin Antoinette de 40 CV, que resultou apenas num salto de 200 metros a 8 metros de altura.

Em 11 de Dezembro de 1909, o inventor português João Gouveia, que fabricava papagaios voadores desde 1907, apresentou à Academia de Ciências o seu projecto de avião "Gouveia" com 9 metros de envergadura e motor Anzani de 26 CV, tendo construido um hangar no Seixal em 1911, onde montou o avião e fez experiências, tendo acabado por abandonar o projecto, devido a avarias e falta de meios financeiros.

26 de junho, Dia internacional contra o abuso e o tráfico ilícito de drogas


26 de junho

Dia internacional contra o abuso e o tráfico ilícito de drogas


Em 1987, a Assembleia Geral das Nações Unidas decidiu declarar o dia 26 de Junho como o Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas.
As pessoas têm que compreender que as drogas são ilegais porque são um problema; não são um problema por serem ilegais.(...) Os efeitos nocivos do consumo de drogas não afectam apenas os indivíduos que as consomem, mas também outras pessoas.Quando produzem os seus efeitos devastadores, (as drogas) não respeitam limites de classe social, raça ou ocupação, nem limites geográficos.Consumir ou não drogas é uma questão de opção (...). Armemos as pessoas da informação de que necessitam para dizer não à droga ! (...)
(Retirado das mensagens do antigo Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, por ocasião do dia Internacional Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas.)
O que são drogas?
As drogas são substâncias que alteram a maneira como as pessoas se sentem, pensam e se comportam.
Qual a diferença entre remédios e drogas?
As pessoas tomam remédios quando estão doentes. Os remédios são legais e devem ser usados com acompanhamento médico. As pessoas drogam-se por vários motivos. Algumas usam para fugir aos problemas, para fugir ao tédio, para se divertir ou mesmo por causa da pressão dos colegas. Às vezes usam drogas para se rebelar contra alguma coisa e acreditam que é uma forma de chamar atenção. As drogas são ilegais, o que significa que a sua utilização pode gerar problemas com a polícia.
Como são as drogas?
As drogas aparecem em diversas formas: comprimidos, pó, plantas, líquidos, óleos ou mesmo bebidas.
Como são as drogas consumidas?
De maneiras diferentes. As drogas podem ser fumadas como cigarros (haxixe, por exemplo), aspiradas pelo nariz (como a cocaína), injectadas por uma seringa (heroína), tomadas como comprimidos e, às vezes, misturadas em bebidas alcoólicas (anfetaminas e ecstasy).
As drogas são perigosas?
As drogas podem ser muito perigosas porque as pessoas reagem de formas diferentes a elas. Uma pessoa pode usar algum tipo de droga e ficar bem, enquanto outra pode ficar muito mal. Além disso, se as pessoas usarem regularmente as drogas tornam-se dependentes, ou seja, têm uma necessidade constante de recorrer a elas para se sentirem bem.
O que as drogas podem fazer ao teu corpo?
O efeito de uma droga é diferente de outra. Ao consumir haxixe as pessoas ficam mais relaxadas; as anfetaminas e o ecstasy dão energia; a cocaína dá a sensação de felicidade. Ainda que numa fase inicial o efeito possa ser agradável, os efeitos dessas substâncias não duram muito tempo. Algumas horas depois do uso de drogas, muitas pessoas começam a sentir-se deprimidas, solitárias e extremamente indispostas.
O que fazer quando algum conhecido usa drogas?
Conta a um adulto em que confies, como os teus pais, os teus professores ou outra pessoa.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

dia mundial do disco voador


Dia Mundial do Disco Voador
24 de Junho

Para muitos, a data não diz muita coisa, mas para os pesquisadores da área e interessados no assunto, é um marco na história. Hoje é comemorado o Dia Mundial do Disco Voador, referência para todos os ufólogos do planeta.
O dia foi criado a partir do primeiro caso oficial de aparição de OVNIs (Objetos Voadores Não-Identificados) do século 20, em 24 de junho de 1947, quando o piloto norte-americado Keneth Arnold observou durante um vôo nove objetos coloridos voando em alta velocidade e convocou a imprensa para relatar o fato.
O Dia Mundial do Disco Voador, reconhecido pela maior parte da comunidade internacional de ufologia, é destinado, na maioria das vezes à troca de informação entre pesquisadores. Um dos mais proeminentes centros de estudo sobre o assunto no país é o Infa (Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais).
O Vale do Paraíba possui uma incidência de aparições considerada alta pelos ufólogos, e apresenta também um dos mais importantes casos já registrados no Brasil, chamado de "noite oficial dos OVNIs", em maio de 86. A maior incidência de registros de OVNIs acontece nas regiões rurais e de serra, que possuem um céu sem tantas "interferências" quanto nos núcleos urbanos. Mas é preciso muito critério para analisar essas aparições, já que elas podem facilmente ser confundidas com fenômenos naturais por leigos no assunto.

dia internacional do leite



24 de junho – Dia Internacional do Leite


Conheça as Propriedades Nutricionais Deste Alimento!


O leite é um alimento complexo, que apresenta um balanço nutricional apreciável: contém proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais. O teor de água deste alimento é de aproximadamente 90%, e a diluição de nutrientes no meio líquido faz com que o conjunto nutricional do leite seja melhor do que as propriedades de cada nutriente, se consideradas isoladamente (VERRUMA & SALGADO, 1994).

O principal carboidrato do leite é a lactose, cuja concentração no leite é de aproximadamente 5% (4,7 a 5,2%). A lactose é um dos elementos mais estáveis do leite, isto é, menos sujeito as variações. Já as proteínas existentes no leite – dos mais diversos tipos -, representam entre 3% e 4% dos sólidos; a principal delas é a caseína, que apresenta alta qualidade nutricional e é muito importante na fabricação dos queijos. A maior parte da gordura do leite é constituída de triglicérides, que são formados por ácidos graxos ligados ao glicerol. Sua fração de gordura, cuja concentração varia entre 3,5 e 5,3%, serve de veículo para as vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), colesterol e outras substâncias solúveis em gordura, como os carotenóides (pró-vitamina A), que dão ao leite a cor amarelo-creme.

osteoporose - 24 de junho


A osteoporose afecta quase
40 % das mulheres com mais de 45 anos.
9% da população portuguesa


O que é a Osteoporose
A osteoporose é uma doença óssea sistémica, que por si só não causa sintomas, caracterizada por uma densidade mineral óssea (DMO) diminuída e alterações da microarquitectura e da resistência ósseas que causam aumento da fragilidade óssea e, consequentemente, aumento do risco de fracturas. Se não for prevenida precocemente, ou se não for tratada, a perda de massa óssea vai aumentando progressivamente, de forma assintomática, sem manifestações, até à ocorrência de uma fractura. O que caracteriza as fracturas osteoporóticas é ocorrerem com um traumatismo mínimo, que não provocaria fractura dum osso normal. Também se chamam, por isso, fracturas de fragilidade. Uma vez que o número de mulheres em risco de desenvolver osteoporose pós-menopáusica aumenta à medida que a população vai envelhecendo, é fundamental identificar de forma precoce e exacta quais as que se encontram em risco de sofrer fracturas.

O aparecimento da osteoporose está ligado aos níveis hormonais do organismo. O estrógeneo - hormona feminina, também presente nos homens, mas em menor quantidade - ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea.As mulheres são as mais atingidas pela doença, uma vez que, na menopausa, os níveis de estrógeneo caem bruscamente. Os ossos passam a incorporar menos cálcio, tornando-se mais frágeis. Por cada quatro mulheres, apenas um homem desenvolve essa patologia.Embora pareçam estruturas inactivas, os ossos modificam-se ao longo da vida. O organismo está constantemente fazendo e desfazendo ossos. Esse processo depende de vários factores: genéticos, nutrição, prática regular de exercício físico. As células ósseas (osteócitos) são responsáveis pela formação do colagénio, que dá sustentação ao osso. Os canais que interligam os osteócitos permitem que o cálcio, essencial para a formação óssea, saia do sangue e ajude a formar o osso.A densidade mineral de cálcio é reduzida de 65% para 35% quando a osteoporose aparece. O canal medular central do osso torna-se mais largo. Com a progressão da osteoporose, os ossos podem ficar esburacados e quebradiços. O colágenio e os depósitos minerais desfazem-se muito rapidamente e a formação do osso torna-se mais lenta. Com menos colágenio, surgem espaços vazios que enfraquecem o osso.


Sintomas da Osteoporose

Habitualmente não ocorrem sintomas clínicos de osteoporose antes da ocorrência de uma fractura. A osteoporose é considerada uma doença assintomática. De facto, durante a progressão da doença, os ossos tornam-se progressivamente mais frágeis sem que os indivíduos afectados o percebam.Exceptuando os casos em que o doente efectua o rastreio da doença, o diagnóstico só se realiza após a ocorrência de uma fractura:
para muitas mulheres pós-menopáusicas, a ocorrência da primeira fractura osteoporótica é o primeiro sintoma sugestivo da doença;
a ocorrência de fracturas osteoporóticas vertebrais é a complicação da osteoporose pós-menopáusica mais frequente e muitas vezes a mais precoce;
nesta fase, a micro-estrutura interna do osso pode já ter sofrido uma grande destruição e a doença encontrar-se num estado bastante avançado;
frequentemente (em aproximadamente dois terços dos casos), as fracturas vertebrais não são diagnosticadas por não produzirem sintomas ou por os sintomas associados - dor na região dorsal ou lombar - serem banais e inespecíficos (i.e. surgem em muitas outras situações clínicas para além das fracturas);
após a primeira fractura , muitas vezes não diagnosticada, o risco de novas fracturas aumenta, podendo ocorrer múltiplas fracturas vertebrais e consequente aumento da morbilidade (i.e. das queixas e das perturbações associadas à doença) e da mortalidade;
o diagnóstico e o tratamento precoces da doença são, portanto, fundamentais tendo em vista a prevenção das fracturas.

afonso henriques- 900 anos




Afonso Henriques - 900 ANOS
- A histório de um rei

Guimarães, 24 Jun (Lusa) - A entrega da Medalha de Ouro da Cidade de Guimarães ao Presidente da República marca hoje a participação de Aníbal Cavaco Silva nos 900 anos do nascimento do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.

"D. Afonso I, mais conhecido pelo seu nome de príncipe, Dom Afonso Henriques, (1109 - 1185) foi o primeiro rei de Portugal, conquistando a independência portuguesa em relação ao Reino de Leão em 1143 no tratado de Zamora.Em virtude das suas múltiplas conquistas, que ao longo de mais de quarenta anos mais que duplicaram o território que o seu pai lhe havia legado, foi cognominado O Conquistador; também é conhecido como O Fundador e O Grande. Os muçulmanos, em sinal de respeito, chamaram-lhe Ibn-Arrik («filho de Henrique», tradução literal do patronímico Henriques) ou El-Bortukali («o Português»).Afonso Henriques era filho de Henrique de Borgonha, Conde de Portucale e da infanta Teresa de Leão. Há quem defenda que era filho de Egas Moniz. A data e local do seu nascimento não estão determinados de forma inequívoca. Hoje em dia, a data que reúne maior consenso aponta para o ano de 1109. Almeida Fernandes, autor da hipótese que indica Viseu como local de nascimento de D. Afonso Henriques refere a probabilidade de ter nascido em Agosto, enquanto outros autores, baseando-se em documentos que remontam ao século XIII referem a data de 25 de Julho do mesmo ano. No entanto, já foram defendidas outras datas e locais para o nascimento do primeiro rei de Portugal, como o ano de 1106 ou de 1111 (hipótese avançada por Alexandre Herculano após a sua leitura da "Crónica dos Godos"). Tradicionalmente, acredita-se que terá nascido e sido criado em Guimarães, onde viveu até 1128. Outros autores, ainda, referem Coimbra como local provável para o seu nascimento."
O reconhecimento do Reino de Leão e de Castela chegou em 1143, com o tratado de Zamora, e deve-se ao desejo de Afonso VII de Leão e Castela em tomar o título de imperador de toda a Hispânia e, como tal, necessitar de reis como vassalos. Desde então, Afonso I procurou consolidar a independência por si declarada. Fez importantes doações à Igreja e fundou diversos conventos.

terça-feira, 23 de junho de 2009

S. Jõao , Figueira da Foz

S. JOÃO

Dia 24 de Junho comemora-se mais um santo católico: João Baptista. O dia de São João, protector dos casados e dos enfermos e dos monges, é dos mais festejados na Europa.João, o Baptista, filho de Isabel (prima de Maria, mãe de Jesus) e de Zacarias, diz-se que foi anunciado ao seu pai por um mensageiro celeste. Foi criado no Deserto onde teve uma educação religiosa que lhe deu autoridade para baptizar (daí o epíteto de “Baptista”) em nome de Deus. Foi o último profeta do Velho Testamento, cuja missão consistia na preparação do povo judeu para a vinda do Messias, o seu primo Jesus Cristo. Foi ele, aliás, quem o baptizou, nas margens do rio Jordão. Crítico feroz da hipocrisia e da imoralidade, foi degolado a mando do rei HeródesO dia 24 de Junho, data do seu nascimento, foi designado pela Igreja Católica como o da sua comemoração.Esta altura do ano já era festejada pelo povo muito antes da vinda de Jesus Cristo. Em Junho, celebrava-se o Solstício de Verão acontecimento em que se saudava a proximidade das colheitas e se faziam sacrifícios em prol da fertilidade e para afastar as doenças e a seca. A Igreja como não conseguiu pôr fim a estas festas pagãs transformou-as em católicas.São João é festejado com pratos especiais: carneiro ou cabrito no norte, caldeiradas de peixe no litoral, uns bolos chamados “capelas de São João” no Alentejo, bonecos com o formato do Santo no Algarve. Na noite de 23 para 24, não pode faltar, no entanto, o bom caldo verde e as sempre requisitadas sardinhas assadas no pão. As festas e os bailes duram toda a noite. À venda na rua encontram-se as ervas santas e as plantas aromáticas, destacando-se o manjerico (a planta mais simbólica desta festa), o alho-porro, os cravos e a erva-cidreira.

S. João na Figueira da Foz -

Praia da Claridade


As Festas da cidade da Figueira da Foz, com um programa que decorrerá até 5 de Julho, aproximam-se do momento que atrai mais foliões à beira-mar para festejar o S. João, na noite de 23 para 24 de Junho.
No dia 23 chega a tão aguardada véspera de S. João com o tradicional desfile de Marchas Populares, na Avenida 25 de Abril, pelas 22h00, com a presença de quatro grupos a concurso: Quiaios Clube, Grupo Instrução e Sport, Grupo Recreativo Vilaverdense e Sociedade Instrução Tavaredense. As três marchas que participam extra-concurso são do Centro Paroquial de S. Martinho (Tavarede), de Antanhol (Coimbra) e de Brasfemes (Coimbra), com a Imperial Neptuna Académica, da Figueira da Foz, como principal convidada.
Após o desfile das marchas, que deverá decorrer até cerca da 01h00, todas as atenções voltam-se para a Praia da Figueira, onde poderá ser apreciado o sempre aguardado e retumbante espectáculo piro-musical, com fogo de artifício. Depois, a Avenida de 25 de Abril não deixará de ter animação ao som do jazz de rua, com os “Dixie Gringos” a percorrerem a marginal.
Em noite de S. João a festa dura até de manhã, com os vários arraiais populares espalhados pela cidade. Na Rua de S. Lourenço a animação estará por conta do grupo “TVE Band”, na Rua Cândido dos Reis a música será do grupo Home Page”, enquanto a “Banda Chic” fará o baile no Jardim Municipal, sem esquecer a festa sempre muito animada no tradicional Largo de São João do Vale.
O programa nocturno culmina com o tradicional Banho Santo, na Praia da Claridade, sempre recheada de momentos de grande confraternização e humor, onde os mais afoitos não hesitarão em mergulhar no mar, com “águas santas” (e frias), vestidos a rigor com os mais imaginativos fatos de banho a que esta ocasião obriga.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

verao

21 de junho de 2009 - Verão

Em astronomia, solstício é o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador. Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em dezembro e em junho. O dia e hora exatos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano. Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano.
No
hemisfério norte o solstício de verão ocorre por volta do dia 21 de junho e o solstício de inverno por volta do dia 21 de dezembro. Estas datas marcam o início das respectivas estações do ano neste hemisfério. Já no hemisfério sul, o fenômeno é simétrico: o solstício de verão ocorre em dezembro e o solstício de inverno ocorre em junho. Os momentos exatos dos solstícios, que também marcam as mudanças de estação, são obtidos por cálculos de astronomia (consulte a tabela abaixo para os valores de alguns anos).
Devido à
órbita elíptica da Terra, as datas nas quais ocorrem os solstícios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do que quando está mais longe (afélio).
Os trópicos de Câncer e Capricórnio são definidos em função dos solstícios. No solstício de verão no hemisfério sul, os raios solares incidem perpendicularmente à Terra na linha do
Trópico de Capricórnio. No solstício de inverno, ocorre a mesma coisa no Trópico de Câncer.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

dia internacional de surf


21 DE JUNHO
DIA INTERNACIONAL DE SURF

No dia 21 de Junho de 2009, irá ser celebrado o Dia Internacional do Surf, onde todos os Surfistas, espalhados por todo o mundo, poderão reunir-se e conviver nesse grande dia de festejo. Sendo a cidade de Peniche, considerada como a "Capital da Onda", esta também será uma data especial para a própria cidade.
O Dia Internacional do Surf, é uma oportunidade única, para que novos públicos possam descobrir o maravilhoso mundo das Ondas e do Surf, partilhando valores da convivência e da solidariedade entre todos os surfistas, educando também, para a fragilidade do nosso meio ambiente.
Portugal é um dos 32 países e regiões envolvidos na 6ª edição do International Surfing Day. Será um dia em que, Surfistas Amadores e Profissionais bem como marcas, shapers, escolas de surf, organizações ambientais e associações, irão celebrar este desporto e toda a sua cultura envolvente.
Estão a ser preparadas diversas actividades, pelas quais passam por aulas de surf, limpeza de praias, campeonatos, festas na praia, sessões de demonstração, entre outras. Terão como objectivo, de proporcionar a experiência de surfar uma onda aos iniciantes.
O International Surfing Day, planeou diversas actividades, um pouco por todo o mundo,para este grande dia, de forma a alertar para a importância da preservação das praias dando também a possibilidade aos participantes, poderem surfar e competir. Passatempos como “Fato mais original enquanto surfa uma onda”, concurso de fotografia e vídeo “Maior número de spots surfados no ISD” ou “Quantas beatas de cigarros se consegue apanhar numa hora”, estes, irão por certo, animar as praias em vários locais do planeta.

dia do refugiado

20 de Junho -
Dia Mundial do Refugiado

“13 milhões de pessoas sem pátria”

De acordo com as Nações Unidas, um refugiado é uma pessoa que se encontra fora do seu país de origem porque tem fortes probabilidades de ser objecto de abusos graves, em virtude de a sua religião, etnia, raça, crença ou ideologia. Os refugiados não podem e não desejam regressar ao seu país enquanto o Governo não lhes garantir protecção.

Os dados do Alto Comissariado da ONU revelam a existência de 20,8 milhões de refugiados em todo o mundo e as regiões mais afectadas são a Ásia, África e até mesmo a Europa.
Os refugiados têm direito à liberdade religiosa e de circulação; protecção contra sanções penais por entrada ilegal; casa, educação e assistência pública; documentos de identidade e viagem; protecção contra a qualquer discriminação. Todavia, a realidade dos milhões é turva e muitos deles permanecem em condições de aguda exploração e abuso dos seus direitos individuais.

O Dia Mundial do Refugiado, 20 de Junho, que este ano dá principal enfoque à necessidade fundamental de protecção, coincide com a data em que se comemora o Dia do Refugiado Africano e representa um acto de solidariedade ao continente que abriga milhões de refugiados e tem mostrado tradicionalmente grande generosidade com os mesmos.De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), após um declínio no número de refugiados entre 2001 e 2005, verificou-se nos últimos dois anos um aumento significativo desta realidade. O relatório do ACNUR de 2007 aponta para um aumento de 9,9 para 11,4 milhões de refugiados sob o cuidado desta agência. Actualmente o ACNUR fornece protecção ou ajuda acerca de 13,7 milhões de refugiados, face aos 12,8 milhões registados em 2006.

Numa “Era de Mobilidade” e, apesar dos refugiados constituírem uma pequena parte dos fluxos migratórios, a realidade mostra que esta mobilidade humana está a aumentar em escala, extensão e complexidade, sendo as razões principais de fuga das populações as guerras, a instabilidade política, os regimes totalitários, as violações dos direitos humanos, as perseguições, estejam elas relacionadas com a pertença a um determinado grupo social ou minoria, raça, origem ou religião. Segundo algumas estatísticas, Portugal, embora tenha um baixo número de pedidos de asilo, registou, em 2007 ,200 pedidos. O facto de Portugal ser um dos países menos procurado como país de acolhimento pode estar relacionado com diversos factores, nomeadamente, a situação económica do país, a sua localização geográfica, a baixa taxa de admissibilidade e de concessões de protecção e o facto de muitos requerentes de asilo dirigirem-se para países aos quais têm ligações quer sejam de ordem familiar, cultural ou onde as comunidades de refugiados tem uma maior expressão. Como parte das celebrações de 20 de Junho e com o objectivo de relembrar todos aqueles que se vêem forçados a abandonar os seus países, a Plataforma de Organizações da Sociedade Civil, vem sensibilizar o grande público e alertar os decisores políticos para a necessidade urgente de encontrar uma solução para este problema, sendo prioritário criar condições para o regresso voluntário dos refugiados aos seus países de origem ou, quando isso não aconteça, garantir a integração no país de acolhimento.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

desertificaçao e seca


Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca
17 de JUNHO


O Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca, 17 de Junho, foi proclamado pela Assembleia Geral da ONU em 1994 (resolução 49/115).Precisamente nesse dia e ano, foi aprovada a Convenção das Nações Unidas sobre a Luta contra a Desertificação. Os Estados foram convidados a dedicar o Dia Mundial a sensibilizar a opinião pública para a necessidade de promover a cooperação internacional no domínio do combate à desertificação e aos efeitos da seca, e de aplicar a Convenção das Nações Unidas sobre a Desertificação.


Regiões afectadas pela desertificação
A desertificação é definida como um processo de destruição do potencial produtivo da terra nas regiões de clima árido, semi-árido e sub-húmido seco. O problema foi detectado nos anos 30, nos Estados Unidos, quando intensos processos de destruição da vegetação e solos ocorreram no oeste americano. Muitas outras situações consideradas como graves problemas de desertificação foram sendo detectadas ao longo do tempo em vários países do mundo: América Latina, Ásia, Europa, África e Austrália oferecem exemplos de áreas onde o homem, através do uso inadequado e/ou intensivo da terra, destruiu os recursos e transformou terras férteis em desertos ecológicos e económicos.A desertificação é uma das formas mais alarmantes de degradação do ambiente:Ameaça a saúde e os meios de subsistência de mais de um bilhão de pessoas. E estima-se que, todos os anos, a desertificação e a seca causem uma perda da produção agrícola da ordem dos 42 bilhões de dólares.

terça-feira, 16 de junho de 2009

dia da criança africana -16 de junho


16 DE JUNHO -
DIA DA CRIANÇA AFRICANA segundo a ONU

segunda-feira, 15 de junho de 2009

dia internacional para a prevençao contra a pessoa idosa


Dia Internacional para a
Prevenção da Violência contra as Pessoas Idosas
15 de Junho

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV ) recebeu no ano passado 347 queixas de idosos vítimas de violência física e psíquica praticada pela família, número que nos últimos cinco anos atingiu 2484 crimes."Estes números são um pálido reflexo da realidade", disse à Lusa José Félix da Silva, da APAV, adiantando que "não reflectem o que realmente acontece", uma vez que muitos dos idosos "não denunciam a situação" por "medo, vergonha ou por falta de informação".De acordo com a APAV, todos os dias milhares de idosos são vítimas de violência física, psíquica e financeira por parte dos familiares e das instituições que lhes prestam cuidados, situação "pouco reconhecida" e que "continua a ser um tabu".Para alertar a sociedade para estes crimes a Rede Internacional de Prevenção contra as Pessoas Idosas, da qual a APAV faz parte, instituiu o dia 15 de Junho como o primeiro dia anual de alerta sobre a violência contra as pessoas idosas.


1 – Tipos de violência:

O conceito de violência define-se por “ atitudes e comportamentos abusivos, violadores de direitos fundamentais ou de alienação social”. Mas de que tipo de violência falamos?
Os agressores mais frequentes podem exercer essa violência de diversas formas:
• Abusos físicos;
• Maus tratos psicológicos;
• Negligência por abandono;
• Negligência nas doses de medicamentos dadas ao idoso na tentativa que este fique mais calmo e controlável;
• Ausência de prestação de cuidados de saúde (principalmente em idosos institucionalizados) • Abuso sexual
• Violência material – através da tentativa de extorsão de dinheiro. Este é o tipo de agressão mais frequente por parte dos filhos aos pais já pouco lúcidos.
Podemos então classificar a violência como:
a) Abuso físico: qualquer forma de agressão física (golpes, queimaduras, fracturas, administração abusiva de fármacos ou tóxicos, entre outros).
b) Violência psicológica: condutas que podem resultar em lesão psicológica, como manipulação, intimidação, ameaça, humilhação, chantagem afectiva, desprezo ou privação do poder de decisão. c) Negligência: não satisfação das necessidades básicas do idoso, nomeadamente: negação de alimentos, cuidados higiénicos, habitabilidade, isolamento e falta de comunicação.
d) Violência emocional ou abandono: negação de afecto, isolamento ou falta de comunicação
e) Abuso Financeiro: impedimento ao uso e controlo do seu dinheiro, exploração financeira e chantagem económica.
f) Violência Sexual: qualquer tipo de actividade sexual não consentida, ou quando se trata de um idoso incapaz de dar o seu consentimento.
g) Estrutural e social: exercida pelos governos e instituições, é entendida como a descriminação na política face aos idosos, a falta de recursos para colmatar as necessidades essenciais, assim como a falta da garantia de rendimentos e alojamento.
h) Falta de respeito e preconceito contra o idoso: traduzidos em atitudes de desrespeito, violência verbal e emocional.
2- O preocupante crescimento da violência contra a pessoa idosa. Motivos sociais e históricos: A violência contra idosos pode ser exercida intra – muros, extra – muros ou em ambiente institucional. Este tipo de violência tem sofrido um crescente aumento que torna a situação preocupante. Os mais recentes números conhecidos revelam que o fenómeno triplicou nos últimos cinco anos. Os idosos são uma faixa etária muito frágil dentro da sociedade, porém, a sua protecção a nível estatal é quase nula. A realidade é que muitos idosos sofrem de determinados abusos mas são vítimas silenciosas, que não apresentam queixa por receio.
A sociedade encontra-se cada vez mais envelhecida e a falta de suportes para a população idosa é conducente ao seu abandono por parte da família, que não possui condições para manter e cuidar do idoso.
Os dados fornecidos pela APAV indicam que a emergência destes novos protagonistas – até há pouco tempo a violência familiar e doméstica tinha, quase exclusivamente, as mulheres como alvo – abre a porta a uma reflexão bem diferente sobre as mutações que nas últimas três décadas se observaram no que diz respeito ao paradigma familiar. Se anteriormente, a família era encarada como o centro simbólico da perenidade dos afectos, do culto sagrado dos valores éticos e morais ou até da ideia de ordem e autoridade, actualmente estes factores não se enquadram no quadro familiar português. A figura do avô e da avó eram a chave para a regulação de uma certa ordem psico – afectiva que transformava a família na verdadeira instituição social. O respeito pela ancestralidade era muito grande, estando os avós, quer paternos, quer maternos, às vezes até ambos, integrados no núcleo familiar que ia para além do estrito grupo familiar actual constituído por mãe/pai/filhos. Nas últimas décadas, a sociedade portuguesa sofreu profundas alterações a nível social, moral, económico e político. A emergência da mulher na vida pública e no mercado laboral, bem como o controlo sobre a natalidade são alguns dos motivos conducente à perda de protagonismo do idoso no seio da família. Se anteriormente a mulher estava em casa, os seus pais e sogros acompanhavam-na, ajudando-a nas tarefas domésticas e na educação dos filhos.
A mulher tinha tempo para cuidar dos seus ancestrais, proporcionando-lhes o agradável convívio com os netos numa inigualável transmissão de conhecimentos, de sabedoria e de respeito pelos mais velhos. O que sucedeu foi a destruição da tradicional família portuguesa, emergindo novas relações, novas responsabilidades, tornando-se excedente o papel do avô, substituído pela televisão e pela Internet na função de reprodutor de memórias e histórias. Até meados dos anos 70, os idosos assumiam um papel fundamental na família, principalmente com os netos. Porém, essa função foi esquecida e actualmente o idoso não é englobado no núcleo familiar, sendo desprezado ou colocado em instituições. Os filhos alegam não possuírem tempo para cuidar dos seus parentes. O idoso tornou-se um excedente, não produtivo, que perdeu todo o seu valor de coesão familiar e adquiriu o estatuto de inútil. Portanto, outrora o idoso gozava de reconhecimento social, respeito e poder e era a garantia de transmissão de conhecimentos e tradições numa sociedade onde a experiência ligada à idade era considerada um valor. O fenómeno da violência exercida contra a pessoa idosa é consequência directa das mudanças nos valores sociais e na alteração do seu estatuto dentro da sociedade. O idoso é muitas vezes desprezado pelos filhos e parentes directos, mas não podemos, de modo algum, generalizar. Na realidade, muitos filhos desejam zelar pelos seus parentes, no entanto vivemos numa sociedade cujo ritmo frenético e cujo custo de vida nos obriga a trabalhar, impedindo-nos de zelar pelos nossos ancestrais. Não podemos esquecer a falta de sensibilização da sociedade para o fenómeno do envelhecimento e prolongamento dos anos de vida, graças aos avanços médicos e farmacêuticos, que aliada á perda de estatuto do idoso, conduziu ao mais recente fenómeno de violência em Portugal.
3 – As pessoas idosas são vítimas de actos de violência quer vivam sós, em família ou em instituições:
3. 1 – Pessoas a viverem sós: Os idosos que vivem sozinhos, muitas vezes por opção própria ou por abandono por parte da família, podem sofrer abusos, maus tratos ou negligência por incapacidade de auto – defesa, quando agredidos ou ainda necessitarem de apoio ou cuidados e os familiares não os prestarem adequadamente ou se recusarem a prestá-los. Neste caso, estamos perante um nítido caso de abandono, através do qual o idoso fica numa situação de fragilidade, sem capacidade para evitar os possíveis abusos.
3. 2 – Idosos a viverem em família: Esta é, talvez, a realidade mais chocante. Os idosos podem sofrer actos de violência por parte dos seus próprios familiares. Actualmente, a sociedade assume como postura o desprezo pelos mais velhos, encarando-os como encargos para a família e para a sustentabilidade do sistema. O número de agressões de filhos a pais registou um aumento de 38,5 por cento no ano de 2006. No ano de 2005 a APAV recebeu cerca de 252 queixas. Os dados fornecidos pela APAV indicam que um número considerável de filhos que agridem os pais tem idades compreendidas entre os 18 e os 45 anos. Em 2007 a PSP registou 13000 denúncias de violência contra idosos, sendo que a maioria diz respeito a crises interconjugais, sendo as vítimas as mulheres ou companheiras. O perfil da vítima idosa é mulher portuguesa, com o 1º ciclo de ensino, casada e reformada, com idade entre os 65 e 75 anos. Verificou-se igualmente um significativo aumento no número de vítimas do sexo masculino, agredidas, principalmente pelos filhos ou parentes próximos. Sete em cada dez agressões são cometidas por familiares. A violência doméstica está presente em mais de 70 por cento do total de crimes contra idosos e o local onde são praticados estes delitos é, quase sempre, a casa que partilham com os agressores. São muitos os casos de agressão por parte de filhos toxicodependentes, que exercem sobre os pais violência física e psicológica. Segundo um estudo de 1997, a negligência é o tipo de abuso com maior incidência nos casos de maus tratos: 47, 8 por cento. O abuso emocional ou psicológico representa 35, 5 por cento das denúncias de violência e o abuso financeiro 26,6 por cento. Quanto maior for o índice de dependência do idoso e a precariedade social, mais provável é ocorrerem situações de maus tratos. O idoso agredido raramente denuncia a violência à qual está sujeito. Esta ausência de denunciação vem do medo de represálias e do factor emocional e afectivo muito ambivalente. O agressor é o filho e embora as vitimas tenham consciência de que a sua vida está ameaçada, levam muito tempo a compreender que o perigo é maior do que a possibilidade de perdoar esse filho. Quando existe dependência financeira do agressor ainda é pior, com o resto da família a esconder o problema, se o idoso está acamado e não se pode deslocar, tudo se complica, com a coação e extorsão do dinheiro a atingirem níveis máximos. Portanto, o idoso é uma vítima silenciosa. Outro pormenor da realidade social contemporânea é o facto do aumento da esperança de vida ter criado situações em que os filhos e outros familiares directos dos idosos também já o são, muitas vezes também a precisarem de apoio, não possuindo igualmente condições para cuidar de outras pessoas. A OMS teme que o aumento do número de população envelhecida no mundo agrave as situações de violência relacionadas com a ruptura dos laços tradicionais entre gerações. A violência na família pode ser motivada pela apropriação, não desejada, dos bens do idoso pelos seus familiares, levando a uma perda de autonomia e de poder do idoso, pela desresponsabilização dos familiares pelos seus cuidados de sobrevivência, deixando-o ao abandono. Dá-se também o caso da inversão das funções de autoridade dentro da família, passando o idoso a ser comandado por alguém de uma geração mais nova e a quem terá que obedecer.
3.3 – Pessoas Idosas a viverem em Instituição: Os idosos colocados em instituições também podem ser sujeitos a situações, mais ou menos graves, por parte da própria organização institucional. Este tipo de abusos praticados nas instituições da 3ª idade inclui ainda restrições físicas aos doentes, privação da sua dignidade e poder de escolha ou até escassez de cuidados e higiene. No entanto, o abuso mais frequente nestas instituições é, sem dúvida, a ausência de cuidados base prestados, visto que os profissionais têm pouco treino, o ambiente físico é precário e a politica das instituições em causa opera segundo os interesses da própria e não segundo os interesses dos idosos residentes. A pressão para a realização de doações monetárias é outra forma de violência, bem como o internamento coercivo, isto é, sem obtenção de autorização do idoso para o efeito. A administração de bens é quase sempre feita pelos familiares mesmo nos casos em que os idosos se encontram com todas as suas faculdades cognitivas. Portanto, nestes casos o que o familiar faz é tentar apoderar-se dos bens e economias do idoso ainda em vida.
3.3.1 – Indicadores de risco de violência em serviços e equipamentos nos lares: Alimentação: - Não oferecer variedade na comida e bebida - Usar a restrição de alimentos como forma de castigo - Servir comida mal cozinhada ou sem estar na temperatura adequada - Fraca higiene dos suportes alimentares - Não respeitar as dietas alimentares ou necessidades dietéticas - Misturar bebidas sem atentar aos gostos de cada um Vestuário: - Vestir os utentes com vestuário em más condições ou inadequado - Não vestir os utentes sem justificação aparente Confinamento : - Fechar os idosos fora ou dentro dos quartos - Uso injustificado de objectos imobilizadores (correias, ligaduras, etc) - Amarrar os idosos á cama sem justificação aparente Restrição sensorial: - Deixar pessoas de mobilidade reduzida durante longos períodos de tempo, sentadas ou deitadas, não procedendo à sua mobilização, salutar à sua independência e dignidade humana - Não permitir a privacidade dos idosos - Não promover espaços e actividades de estímulo ajustadas às necessidades dos idosos Saúde: - Não procurar ajuda médica caso os utentes necessitem - Não informar os clínicos de eventuais mudanças de estado clínico, principalmente em casos de quedas - Não assistir os utentes a nível de cuidados preventivos - Ignorar os utentes quando estes se queixam de dores - Não respeitar as medicações de cada idoso - Descurar a higiene de cada utente Pessoal da Instituição: - Não providenciar pessoal suficiente e com formação adequada - Empregar pessoal não qualificado Espaço físico: - Divisões com temperatura desadequada (demasiadamente quentes ou frias) - Divisões sem arejamento suficiente - Iluminação deficiente ou inadequada - Permitir que os idosos durmam em colchões sujos, molhados ou em mau estado, não fornecendo roupa de cama em condições de higiene e conforto para o idoso Privacidade: - Quartos com várias camas ou sem biombos de protecção - Apressar o doente durante a satisfação das suas necessidades fisiológicas - Não lavar doentes acamados Aspectos físicos: - Agredir os idosos - Prestação de cuidados de forma violenta - Negligência nos cuidados de alimentação Comunicação: - Maus tratos verbais contra os utentes - Gritar ou ameaçar os idosos Abuso financeiro: - Reter o dinheiro dos idosos sem a sua autorização - Cobrar dinheiro extra por bens alimentícios - Retirar dinheiro ou valores sem consentimento dos residentes no lar - Ser cúmplice quando a família se apodera das economias ou bens do idoso Medicação: - Administrar sedativos sem ordem superior médica - Não dar a medicação adequada ao idoso - Não dar medicação a horas e nas doses certas Os lares de idosos devem favorecer a autonomia do idoso, devem funcionar como seu próprio domicilio com a vantagem de terem assistência médica e companhia. Contudo, em Portugal faltam ofertas válidas nesta matéria. O internamento num lar é um grande problema, que levanta vários aspectos éticos, nomeadamente o saber onde acaba a autonomia do idoso para decidir sobre si próprio e sobre a sua vida. Os casos de internamento coercivo, sem autorização ou manifestação de vontade do idoso, devem ser considerados como uma violação das liberdades individuais. Em alguns lares não se assiste somente a casos de violência física, mas a situações de negligência, pressão psicológica e abuso financeiro. A realidade é que os menores são duplamente protegidos – através da lei de Protecção de Menores e das leis do Código do Processo Penal – enquanto à população sénior apenas é facultada a possibilidade de fazer uma denúncia junto das autoridades, não existindo qualquer legislação especial que proteja os idosos. Não podemos esquecer, porém, que um idoso dependente, acamado não tem capacidade de proceder a uma denúncia, olhando para este acto como uma forma de agravamento do abuso sofrido devido à dependência total do agressor/cuidador.
4-Factores de risco para o abuso de idosos e sinais de alerta de violência: Os idosos que se encontrem nas condições abaixo mencionadas podem vir a sofrer de violência, segundo padrões realizados pela APAV:
a) Idade avançada
b) Escassos recursos económicos
c) Baixos rendimentos, condições de salubridade reduzidas e dependência financeira
d) Isolamento social
e) Nível sócio – económico reduzido
f) Reduzido nível educacional
g) Debilidade funcional
h) Abuso de substâncias pelo prestador de cuidados ou pelo próprio idoso
i) Alterações psicológicas
j) Historial de anterior violência
k) Frustração ou exaustão do prestador de cuidados
l) Limitação cognitiva do idoso Estes são alguns dos sinais de alerta perante uma vítima de abuso aos quais as entidades responsáveis devem estar atentos:
a) Atraso entre a lesão / doença e a procura de observação médica
b) Disparidade evidente na explicação dada pela vitima e pelo abusador suspeito
c) Hematomas, fracturas, lacerações ou abrasões não explicadas
d) Despreocupação evidente na nutrição e higiene, apatia, depressão ou outros indícios de tristeza
5- Abandono e omissão de socorro – uma outra forma de violência exercida contra a população idosa: De uma forma geral a sociedade tolera e torna-se cúmplice do abandono, da falta de respeito e da degradação da condição social dos idosos. O processo natural de envelhecimento favorece a marginalização da pessoa idosa. O ritmo da vida e as regras impostas pelas sociedades contemporâneas levam a que os familiares não tenham disponibilidade, nem queiram, muitas vezes, tratar dos seus parentes. Perante a situação de abandono por parte dos familiares, o idoso nunca denuncia a situação. Existe sempre uma relação de dependência entre o idoso (vítima) e o parente (agressor). Muitos idosos, por vontade própria ou por exigência das circunstâncias, vivem sozinhos. Por vezes esta escolha traduz-se em solidão, pobreza, isolamento, esquecimento, tristeza e desamparo. As necessidades particulares destes idosos levam a que as famílias não consigam dar a resposta adequada. A exiguidade e a falta de condições do espaço familiar e a dificuldade dos filhos na conciliação da vida profissional com o acompanhamento dos pais em situação de dependência (agravada com a entrada da mulher no mercado de trabalho) leva à procura, cada vez maior, de instituições da 3ª idade, que na maioria das vezes nem sequer satisfazem os requisitos mínimos, além de praticarem preços exagerados comparados com a qualidade do serviço que garantem. Por outro lado, assiste-se cada vez mais a uma desresponsabilização das famílias relativamente ao acompanhamento dos idosos, culminando com o seu abandono em hospitais e lares. Claro está, que este abandono por parte dos familiares torna o idoso extremamente vulnerável a actos de violência perpetuados nas instituições. Esta situação é mais visível no enquadramento urbano. Após a reforma, a população idosa é votada ao abandono e à inactividade. Ao entrar na reforma, o idoso a viver na cidade apercebe-se que não tem nada para combater o ócio sentindo-se inútil. As cidades pecam pela inexistência de serviços de apoio aos idosos reformados, que começam a sentir a tristeza da ociosidade e da falta de produtividade conducente à solidão, ao isolamento e à doença. Nos meios rurais o idoso mantém algum nível de actividade similar á que desempenhava durante a sua vida, não se sentindo tão só nem tão inútil. Estudos estimam que existam cerca de 160 mil idosos na cidade de Lisboa e que mais de 34 mil vivam sozinhos, devido ao abandono dos filhos ou da fuga dos mais jovens para a periferia onde as casas são mais baratas.
6- Porque razão o idoso passivo de violência não denuncia o seu agressor? Regra geral, a pessoa idosa tem uma ligação afectiva com o agressor, facto que o impede de denunciar os maus tratos a que está sujeito. Por outro lado, este teme o agravamento da violência ou até a perda total da companhia do seu agressor, receando ficar só sem ter ninguém que o cuide. O idoso, muitas vezes, acredita ser o responsável pelo comportamento violento e, assumindo a culpa, desculpabiliza o agressor, receado também que este o coloque numa instituição. São as chamadas vítimas silenciosas, de modo que, a detecção destes casos de violência se torna difícil, bem como a sua resolução. O idoso tem, muitas vezes, noção da sua dependência face ao cuidador/agressor, silenciando-se perante a agressão, por vergonha de denunciar o filho ou o neto (por ainda acreditar num conceito familiar já inexistente), por se encontrar acamado ou com a mobilidade reduzida ou por ter perdido a sua autonomia e a sua autoridade, numa inversão de papeis, tendo que obedecer aos seus descendentes, facto que agrava ainda mais a ideia de dependência da pessoa idosa face ao seu cuidador. Não podemos esquecer que estas vítimas possuem relações de intimidade com os seus agressores, é evidente que o idoso não denunciará, mesmo sabendo que tem a vida em risco, aqueles que ama e que educou. Estamos a falar de um crime cometido dentro do seio familiar, que inviabiliza, quase por completo, a intromissão de qualquer tipo de entidade exterior.
7 – Abandono em hospitais: O abandono de idosos pelos seus familiares também é feito, principalmente em épocas festivas ou férias, nos hospitais, numa tentativa de obter o internamento em situações tratáveis em casa. Neste sentido, o Governo decidiu criar unidades de internamento continuado para os idosos. O projecto visará a criação de quatro linhas de internamento: uma para idosos em estado de convalescença (até 30 dias), outra para casos de reabilitação (até 3 meses), outra para os casos de manutenção a idosos que sofram processos crónicos e por último, uma unidade de cuidados paliativos. Um trabalho feito pela Lusa concluiu que “ actualmente, os hospitais portugueses recebem cada vez mais idosos com problemas de saúde, que depois de atendidos, são ali abandonados pelos seus familiares. Uma realidade que, em muitas das vezes, acaba apenas com a morte.” Por outro lado, admite-se que o SNS (Serviço Nacional de Saúde) tem servido de antecâmara de protecção aos idosos, cujos internamentos em hospitais são frequentemente prolongados, por decisão médica e à revelia de critérios clínicos, como forma de evitar o abandono ou a solidão. O número de doentes deixados nos hospitais por não terem para onde ir está a aumentar todos os anos – principalmente nas épocas festivas – inúmeros idosos doentes, acamados e dependentes são deixados nos hospitais pelos próprios familiares. No momento da alta clínica as famílias que cuidam deles simplesmente desaparecem e só regressam no fim das férias estivais ou natalícias. Por vezes são deixados no Serviço de Urgências com indicação de moradas falsas ou telefones inexistentes, demonstrando nitidamente que os familiares não pretendem ter novamente a cargo o idoso e julgam que deixando o seu parente no hospital, este será melhor tratado que em casa e poderão, deste modo, desfrutar das suas férias, sem os problemas que uma pessoa dependente comporta. Segundo uma notícia da Associação das Famílias Numerosas, após a alta, alguns idosos chegam a permanecer no hospital entre dois dias e vinte semanas.” No Hospital Curry Cabral houve um utente que ficou mais de um ano “. Alguns idosos chegam a falecer no hospital, outros acabam por ser reencaminhados para lares.
8 – Medidas de prevenção: Há a obrigatoriedade cívica de denunciar casos de maus tratos a idosos. Os idosos encontram-se tão desprotegidos quanto as crianças. No entanto, a sociedade encontra-se cada vez mais vigilante face aos problemas com as crianças, descurando as problemáticas que envolvem os idosos. A prevenção é fundamental. A situação está-se a tornar de tal maneira preocupante que Pinto Monteiro, Procurador – Geral da Republica, pediu às Procuradorias Distritais que alertassem as Autarquias, Juntas de Freguesia e Serviços de Segurança Social para denunciarem os casos de que tenham conhecimento. O Procurador – Geral da Republica garantiu que recebe centenas de cartas a denunciar situações de abuso contra idosos, admitindo que será necessária uma atenção redobrada a estas situações, essencialmente nos lares de 3ª idade. Estes crimes são frequentemente agravados pela falta de preparação dos profissionais dos lares e pela pouca sensibilização para a velhice. Segundo Pinto Monteiro a violência contra as mulheres já tem meios e uma grande censura social, tal como o combate aos abusos contra menores, mas quanto aos idosos não há nada. Os idosos não se queixam do filho, da nora, dos netos ou do companheiro. Sofrem em silêncio por vergonha, por receio e por possuírem um elo de dependência emocional com os agressores. As Juntas de Freguesia aceitaram o apelo do Procurador – Geral da República, pois são órgãos estatais que privilegiam de uma maior proximidade às pessoas, podendo estar a par de situações de violência, mesmo quando as vítimas não denunciam os abusos. Por outro lado, torna-se premente a execução de campanhas de sensibilização para a realidade da violência contra idosos, na tentativa de educar mentalidades para o respeito à população da 3ª idade.
8. 1 – Informação, sensibilização e Prevenção: É necessário mudar mentalidades em Portugal. Se outrora o cidadão idoso gozava de um elevado estatuto na sociedade e um lugar privilegiado no seio familiar, actualmente perdeu-se o respeito pela figura do ancião, sendo este encarado como excedente na sociedade e na família. Uma maior sensibilização dos cidadãos para este problema passa por acções de informação e divulgação sobre os direitos e deveres da população da 3ª idade. O Governo pretende promover, através dos meios de comunicação social, campanhas de alerta para a problemática da violência contra a pessoa idosa. Pretende igualmente sensibilizar e apoiar autarquias que desejem ter projectos contra a violência. É ridículo continuarmos a ter conhecimento de casos de filhos que agridem os pais, de profissionais de geriatria que maltratam idosos nos lares ou situações de abandono dos idosos nos hospitais durante as férias estivais ou natalícias. Este conjunto de situações deveria ser conducente à reflexão sobre o actual conceito de família em Portugal. Num cenário nacional de degradação dos costumes, de crescente desrespeito pela figura idosa, de abandono e exclusão social e familiar é natural que os casos de violência contra a população idosa continuem a aumentar.
8.2 – Formação: Combater a violência, na 3 ª idade, requer profissionalismo. Para tal, pretende-se formar adequadamente todos os profissionais das mais diversas áreas, de forma a saberem lidar de forma correcta com estas situações. Dever-se-ia insistir numa formação contínua dirigida a todos os grupos alvo que têm contacto ou estejam envolvidos no atendimento e protecção a vítimas de violência, como por exemplo magistrados, agentes sociais e profissionais da saúde. Não esquecendo que a formação também é importantíssima para os profissionais dos lares de 3ª idade que lidam diariamente com esta população com necessidades especiais e que, nem sempre, está devidamente sensibilizada para a satisfação das suas carências.
9 – Plano Nacional de Saúde 2004/2010: Segundo o plano Nacional de Saúde elaborado pelo actual governo, este admite que, em relação às necessidades dos idosos, a situação actual ainda revela diversas deficiências, as quais o Governo pretende colmatar até 2010. Assim, a situação actual é apresentada do seguinte modo:
a) Cuidados inadequados às necessidades dos idosos
• “Não se faz, a nível dos cuidados de saúde primários, um rastreio suficiente dos factores de fragilidade nos idosos. “
• “Os cuidados de saúde, a todos os níveis, não estão organizados de forma a darem melhor resposta a uma população cada vez mais envelhecida e são apoiados por pessoal com insuficiente formação específica (incluindo os prestadores formais e informais). “
• “Regista-se também insuficiência na prestação dos cuidados aos idosos no domicílio e dificuldade na equidade de acesso aos serviços de saúde, o que leva a internamentos evitáveis ou em locais não adequados. “
• “Verifica-se uma insuficiente articulação entre os múltiplos sectores implicados na prestação de cuidados aos idosos, tendo em conta que muitos determinantes estão fora do sector da saúde. “ b) Insuficiente atenção aos determinantes da autonomia e da independência
• “Sai-se do mercado de trabalho sem planeamento de actividades alternativas e cai-se no isolamento físico e psicológico e na perda de relações sociais, surgindo a depressão e o suicídio. “
• “Muitos idosos vivem “acamados” e “sentados” em cadeiras de rodas, quando poderiam ser autónomos. “
• “A esperança de vida, sem incapacidade, acima dos 65 anos, é inferior à média estimada para os países da União Europeia, devendo-se, entre outros determinantes, à pouca prática de actividade física regular. “
• “É indispensável uma maior atenção às particularidades em função do género (as mulheres vivem mais anos que os homens, mas o sexo feminino tem uma esperança de vida sem incapacidades bastante mais reduzida que o sexo masculino). “
• “Está a aumentar a violência, o abuso e a negligência sobre os idosos. “
c) Insuficiência de ambientes capacitadores de autonomia e independência
• “As pessoas com défices auditivos, visuais, etc., não têm ambientes acessíveis e estimulantes, registando-se, consequentemente, uma grande frequência de acidentes com idosos (quedas, traumatismos, atropelamentos) “ Perante este cenário, o Governo pretende: d) Adequar os cuidados de saúde às necessidades específicas dos idosos
• “Será implementado e avaliado o Programa Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas. “
• “Investir-se-á na identificação das dificuldades mais frequentes no acesso aos serviços e cuidados de saúde. “
• “Investir-se-á na informação da população idosa sobre o modo de lidar com as situações de doença mais frequentes, medidas de prevenção de quedas e sobre o envelhecimento activo. “
• “Investir-se-á na atenção especial às situações de maior vulnerabilidade, como a idade avançada, alterações sensoriais, AVC, doença crónica, depressão, isolamento, demência, desnutrição, escaras, risco de quedas, incontinência, polimedicação, hospitalização, etc. “
• “Aumentar-se-á a cobertura da vacinação contra a gripe e dos cuidados de reabilitação. “
• “Articular-se-ão os serviços de saúde com o sistema de cuidados continuados. “
e) Actuar sobre determinantes de autonomia e independência
• “Identificar-se-ão os critérios de fragilidade da população idosa, através do Exame Periódico de Saúde (EPS). “
• “Procurar-se-á a generalização e prática do conceito de envelhecimento activo (informar e encorajar para a prática de actividade física moderada regular, para a estimulação das funções cognitivas - memória -, para o incentivo de uma boa nutrição, bem como para a adopção de comportamentos saudáveis e para a vivência de uma reforma activa), tendo em conta as diferenças relativas à idade e ao género.”
f) Promover e desenvolver, intersectorialmente, ambientes capacitadores de autonomia e independência dos idosos
• “Informar-se-á a população – alvo e orientar-se-ão tecnicamente os profissionais de saúde quanto à detecção e eliminação de barreiras arquitectónicas. “
• “Capacitar-se-ão os profissionais de saúde para detectar e encaminhar, adequadamente, situações de violência, abuso ou negligência. “
• “Recorrer-se-á cada vez mais a tecnologias e serviços favorecedores de apoio e de segurança (por exemplo, o serviço de telealarme). “
• “Articular-se-ão melhor os cuidados de saúde com grupos de apoio da sociedade civil e com serviços prestados por outros ministérios. “
10- II Plano Nacional Contra a Violência Doméstica: Entende-se por violência doméstica toda a violência (física, sexual, psicológica, etc.) que ocorra em ambiente familiar. Por se tratar de um tipo de agressão de extrema complexidade, ligado à intimidade dos cidadãos, torna-se extremamente difícil de combater. Não deixa, contudo, de se tratar de um crime público. Na sequência da aprovação deste plano de acção foi também criada uma unidade de missão contra a violência sob a tutela do Ministro da Segurança social, Família e Criança. Ambos os planos têm como objectivo o combate a este flagelo na sociedade portuguesa, através da fiscalização, denúncia e penalização dos agressores nos casos de violência contra idosos. A violência doméstica que ocorre entre membros de uma mesma família ou que partilham o mesmo espaço de habitação é um assunto do foro íntimo de cada cidadão, complexo e de difícil abordagem e combate. As agressões são, geralmente, praticadas em espaços privados, não contendo testemunhas além da vítima e do agressor.
11- Legislação em Portugal: O nosso país peca por falta de legislação nesta matéria, embora progressivamente as entidades estatais tenham despertado para o crescente problema da violência contra idosos. Porém, ainda há muito a fazer para refrear os abusos sofridos pelos idosos. A criação de legislação sobre o Estatuto do Idoso é uma das coisas a fazer, na qual se consagrariam todos os seus direitos e todas as penalizações a quem os infringisse. Assim, a única lei de protecção que existe aos idosos está consagrada no Código Penal, no artigo 152º, não esquecendo que esta lei não se aplica exclusivamente a idosos mas também a crianças, deficientes e outras pessoas “ particularmente indefesas”: “ (Maus tratos e infracção de regras de segurança) “
1- Quem, tendo ao seu cuidado, à sua guarda, sob responsabilidade da sua direcção ou educação, ou a trabalhar ao seu serviço, pessoa menor ou particularmente indefesa, em razão da idade, deficiência ou gravidez e:
a) Lhe infligir maus tratos físicos ou psíquicos ou a tratar cruelmente;
b) A empregar em actividades perigosas, desumanas ou proibidas; ou
c) A sobrecarregar com trabalhos excessivos; é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos (…)” “

2- A mesma pena é aplicável a quem infligir ao conjugue, ou a quem com ele conviver em condições análogas às dos conjugues, maus tratos físicos ou psíquicos. “ “

3- A mesma pena é aplicável a quem infligir a progenitor de descendente comum em 1º grau maus tratos físicos ou psíquicos.” “ (…)

5 – Se dos factos previstos nos números anteriores resultar:

a) Ofensa à integridade física grave, o agente é punido com pena de prisão de 2 a 8 anos;

b) A morte, o agente é punido com pena de prisão de 3 a 10 anos. “ “

6- Nos casos de maus tratos previstos nos nºs 2 e 3 do presente artigo, ao arguido pode ser aplicada a pena acessória de proibição de contacto com a vítima, incluindo a de afastamento da residência desta, pelo período máximo de dois anos”