quarta-feira, 24 de junho de 2009

osteoporose - 24 de junho


A osteoporose afecta quase
40 % das mulheres com mais de 45 anos.
9% da população portuguesa


O que é a Osteoporose
A osteoporose é uma doença óssea sistémica, que por si só não causa sintomas, caracterizada por uma densidade mineral óssea (DMO) diminuída e alterações da microarquitectura e da resistência ósseas que causam aumento da fragilidade óssea e, consequentemente, aumento do risco de fracturas. Se não for prevenida precocemente, ou se não for tratada, a perda de massa óssea vai aumentando progressivamente, de forma assintomática, sem manifestações, até à ocorrência de uma fractura. O que caracteriza as fracturas osteoporóticas é ocorrerem com um traumatismo mínimo, que não provocaria fractura dum osso normal. Também se chamam, por isso, fracturas de fragilidade. Uma vez que o número de mulheres em risco de desenvolver osteoporose pós-menopáusica aumenta à medida que a população vai envelhecendo, é fundamental identificar de forma precoce e exacta quais as que se encontram em risco de sofrer fracturas.

O aparecimento da osteoporose está ligado aos níveis hormonais do organismo. O estrógeneo - hormona feminina, também presente nos homens, mas em menor quantidade - ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea.As mulheres são as mais atingidas pela doença, uma vez que, na menopausa, os níveis de estrógeneo caem bruscamente. Os ossos passam a incorporar menos cálcio, tornando-se mais frágeis. Por cada quatro mulheres, apenas um homem desenvolve essa patologia.Embora pareçam estruturas inactivas, os ossos modificam-se ao longo da vida. O organismo está constantemente fazendo e desfazendo ossos. Esse processo depende de vários factores: genéticos, nutrição, prática regular de exercício físico. As células ósseas (osteócitos) são responsáveis pela formação do colagénio, que dá sustentação ao osso. Os canais que interligam os osteócitos permitem que o cálcio, essencial para a formação óssea, saia do sangue e ajude a formar o osso.A densidade mineral de cálcio é reduzida de 65% para 35% quando a osteoporose aparece. O canal medular central do osso torna-se mais largo. Com a progressão da osteoporose, os ossos podem ficar esburacados e quebradiços. O colágenio e os depósitos minerais desfazem-se muito rapidamente e a formação do osso torna-se mais lenta. Com menos colágenio, surgem espaços vazios que enfraquecem o osso.


Sintomas da Osteoporose

Habitualmente não ocorrem sintomas clínicos de osteoporose antes da ocorrência de uma fractura. A osteoporose é considerada uma doença assintomática. De facto, durante a progressão da doença, os ossos tornam-se progressivamente mais frágeis sem que os indivíduos afectados o percebam.Exceptuando os casos em que o doente efectua o rastreio da doença, o diagnóstico só se realiza após a ocorrência de uma fractura:
para muitas mulheres pós-menopáusicas, a ocorrência da primeira fractura osteoporótica é o primeiro sintoma sugestivo da doença;
a ocorrência de fracturas osteoporóticas vertebrais é a complicação da osteoporose pós-menopáusica mais frequente e muitas vezes a mais precoce;
nesta fase, a micro-estrutura interna do osso pode já ter sofrido uma grande destruição e a doença encontrar-se num estado bastante avançado;
frequentemente (em aproximadamente dois terços dos casos), as fracturas vertebrais não são diagnosticadas por não produzirem sintomas ou por os sintomas associados - dor na região dorsal ou lombar - serem banais e inespecíficos (i.e. surgem em muitas outras situações clínicas para além das fracturas);
após a primeira fractura , muitas vezes não diagnosticada, o risco de novas fracturas aumenta, podendo ocorrer múltiplas fracturas vertebrais e consequente aumento da morbilidade (i.e. das queixas e das perturbações associadas à doença) e da mortalidade;
o diagnóstico e o tratamento precoces da doença são, portanto, fundamentais tendo em vista a prevenção das fracturas.

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